sábado, 14 de novembro de 2009

Três minutos para estar na parada, em equipamento de combate!

O furriel Neto, em frente à Igreja do Quitexe. Do lado esquerdo, em
primeiro plano, está a caserna do PELREC, dentro da área
operacional da CCS do BCAV. 8423


O aquartelamento da CCS do BACV. 8423 estava «dividido» por vários edifícios civis - messes, enfermarias, transmissões, bar dos praças, depósito de géneros... - mas a zona operacional, digamos assim, estava concentrada no parque-auto, nas traseiras do edifício do comando. É o que vemos na foto.
O furriel da foto é o Neto e muito provavelmente terei sido eu a tirá-la. Daí, estar menos boa! A primeira caserna tem um particular significado para mim e o Neto: era a dos bravos soldados e cabos do PELREC. Quantos momentos de relevância e significados incomuns vivemos juntos e partilhámos em valentia e medos?!
Madrugada em que entrássemos, eu e o Neto, naquela caserna, era certeza segura de que íamos sair. Para operações militares, patrulhas apeadas ou motorizadas, para simples escoltas.
«Pelotão, três minutos para a parada, em equipamento de combate!», gritávamos nos, à Ranger, aos pontapés nas camas e sacudindo a pouca roupa que cobria os nossos companheiros.
Um de nós ficava por ali, a acabar de tirar o sono a toda a gente, enquanto o outro corria à cozinha, onde já se assegurava o mata-bicho da malta. Os condutores, os enfermeiros, os homens das transmissões já estavam a caminho da cozinha - eram, os primeiros a ser acordados - e o PELREC, impecávelmente rigoroso, logo saía em passo de corrida, da caserna para o mata-bicho, em menos dos tais três minutos!
Cumprir os três minutos, em menos tempo, era questão de honra para estes rapazes que nunca hesitaram um momento, quando alguns momentos os poderiam fazer hesitar. Tinham orgulho nisso!!! Tínhamos!

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