As palavras são retiradas do louvor que lhe foi concedido pelo Comando do BCAV. 8423, que sublinha o facto de «aquando da eclosão do grave conflito armado entre os movimentos de libertação, na cidade de Carmona», os militares da sua 2ª. CCAV. deram «exemplo de dedicação, desembaraço e espírito de sacrifício» - o que, naturalmente, só aconteceu pelas qualidades de comando do capitão miliciano Cruz.
Dele recordo um sábado, quando eu regressava de Luanda, à boleia de um MVL da 2ª. CCAV., e cheguei ao princípio da manhã a Aldeia Viçosa, tendo de estar dentro de hora, hora e meia no Quitexe - onde «sabia» que me esperava, de apetite afiado para me castigar, a bondade militar do nosso comandante da CCS. Sem transporte para chegar em tempo, foi o capitão Cruz quem mo disponibilizou - mandando um jeep, com a suficiente guarnição, para me fazer chegar ao Quitexe. E cheguei.
À porta da secretaria da CCS, nesse sábado, estava o capitão e comandante da CCS, a fazer contas de relógio e muito desiludido ficou por me ver chegar: já não me podia castigar, com tanto gostava. Fiquei a dever essa ao capitão Cruz - que, suponho, foi internacional de voleibol.
- CRUZ. José Manuel Romeira Pinto da Cruz, capitão miliciano de infantaria e comandante da 2ª. Companhia de Cavalaria 8423, estacionada em Vila Viçosa. É natural de Esmoriz (Ovar).
1 comentário:
O que comentei sobre o capitão Castro Dias aplica-se ao capitão Cruz, que era mais bonacheirão e menos impulsivo mas sempre um homem atento aos problemas dos seus homens, lembro-me de ouvir elogios deles ao capitão Cruz. Já o osso não era assim. Já terá falecido o capitão Oliveira?
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