Carregar, para ampliar. Em baixo, o símbolo dos Grupos Especiais (GE)
Por estes dias de 1974, fizemos um patrulhamento com um dos Grupos Especiais (GE). Viria a ser o último. Recebemos instruções e vagabundeámos com eles pelas redondezas do Quitexe, até estacionarmos num pequeno aldeamento que se construía ao tempo - e se destinava precisamente aos seus elementos.
Vale a pena dizer que boa parte dos GE´s eram mais velhos que nós - nós, milicianos do Exército Português - e a maior parte deles chefes de famílias bem fartas, de quatro, cinco ou sete filhos. Cá para nós que ninguém nos ouve, havia a convicção generalizada (para não dizer certeza...) que boa parte deles fazia jogo duplo, colaborando com o chamado IN, compatriotas deles na luta pela independência!
Certeza havia era quanto à sua (in)eficiência - o que levou os comandos militares a, definitivamente, decidirem-se pela sua desactivação. Já andavam a ser preparados para isso -e disso já aqui falámos... - e para 30 de Novembro foi marcada a data. Muitos deles enfileiraram de imediato as forças da FNLA e do MPLA. Um deles, o João, vim eu a encontrar em Luanda, já em Agosto de 1975, salvo erro como capitão. E como ele me mostrou, orgulhoso, os galões a brilharem-lhe nos ombros, na avenida D. João II!!!
Por estes dias, no tal aldeamento em construção, todos falámos do futuro; o nosso, passando pelo regresso a Portugal; o deles, sobre o que iria acontecer a Angola. Mas não passámos as óbvias generalidades!
Vale a pena dizer que boa parte dos GE´s eram mais velhos que nós - nós, milicianos do Exército Português - e a maior parte deles chefes de famílias bem fartas, de quatro, cinco ou sete filhos. Cá para nós que ninguém nos ouve, havia a convicção generalizada (para não dizer certeza...) que boa parte deles fazia jogo duplo, colaborando com o chamado IN, compatriotas deles na luta pela independência!
Certeza havia era quanto à sua (in)eficiência - o que levou os comandos militares a, definitivamente, decidirem-se pela sua desactivação. Já andavam a ser preparados para isso -e disso já aqui falámos... - e para 30 de Novembro foi marcada a data. Muitos deles enfileiraram de imediato as forças da FNLA e do MPLA. Um deles, o João, vim eu a encontrar em Luanda, já em Agosto de 1975, salvo erro como capitão. E como ele me mostrou, orgulhoso, os galões a brilharem-lhe nos ombros, na avenida D. João II!!!
Por estes dias, no tal aldeamento em construção, todos falámos do futuro; o nosso, passando pelo regresso a Portugal; o deles, sobre o que iria acontecer a Angola. Mas não passámos as óbvias generalidades!
2 comentários:
Nesse tempo, amigo Viegas, já não se viam os letreiros a marcar "MAÇARICO NÃO DESANIMES SÓ FALTAM 730 DIAS", lembras-te. Eram panos e lençois desenhados com aviões e barcos dentro da caserna, (para levantar a moral das nossas tropas). Maldosos...
Nunca tinha visto o Quitexe do ar e era mesmo assim, duas ruas e umas a atravessar para as ligar, mas era uma terra agradável, vamos lá a ver...
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