De frente, Rocha, Fonseca, Bento, Viegas, Belo e Flora
A foto não tem a melhor qualidade, mas reflecte o espírito de camaradagem que se vivia na CCS do BCA. 8423, que missionou militarmente pelo Quitexe e Carmona. Tem quase 35 anos e refere-se à noite da ceia de Natal de 1974. O tempo passa.
Aqui à direita, em primeiro plano, está o Lages - que era atirador, portanto do PELREC, mas que foi «mobilizado» para o bar de sargentos e por lá jornadeou enquanto estivemos pelo Quitexe. De bigode e a fumar, à minha direita, a seguir ao Bento, está o Fonseca - que era furriel amanuense (do bem bom!...) e que, sendo lisboeta e tipo de alguma intelectualidade, gostava de isso mostrar, de forma que nos parecia algo petulante - e que descobrimos, afinal, ser mera forma de ser. Era bom um bom companheiro...
Dele recordo o passo aligeirado e miúdo, a caminhar sempre apressado e atrasado para o edifício da secretaria do comando, o ar franzino que nos olhava do alto do seu metro e noventa e tal, a genica que o parecia fazer tremelicar - como se estivesse sempre nervoso... - e a promessa que fez a todos nós.
«Quando for de férias, não volto...».
Nós ríamos, ríamos... e não demos por boa conta a jura do Fonseca. A verdade é que, em Janeiro de 1975, veio de férias até Lisboa e por cá se deixou prender. No Quitexe é que não apareceu mais...
Dele, contou o Monteiro uma pequena e curiosa história, no Encontro de Águeda, a 12 de Setembro de 2009: «Emprestou-me 200$00 em Lisboa, quando chegámos ao aeroporto, para eu fazer a viagem para o Marco de Canaveses, e nunca mais o vi».
Moral da história: ainda não lhe pagou! «Bom gajo!...», disse o Monteiro, Monteiro que, quase 35 anos depois, não esqueceu a dívida. «Quero pagar, pá... mas como?!».
1 comentário:
Realmente, caro Viegas, se houve coisa em que a CCS foi porreira era na amizade entre a malta toda, como se não houvesse oficiais e soldados, os piores eram os dois sargentos aquele da secretaria e o mulato ou indiano do comando, os furrieis eram todos gajos porreiros...
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