do BCAV 8423, entre 1974 e 1975.
LUÍS PATRIARCA
Autor do texto (ao lado)
As operações militares pelas serras do Pingano, Vale do Loge, Quibinda, Terreiro, Camabatela, Fazenda Negrão, etc., etc., eram de uma regularidade que nos punha a vida em apuros, além de se acumular a protecção à coluna civil, desde Aldeia Viçosa até ao Piri, e volta, e aquelas pequenas operações chamadas de acções, com apenas uma secção ou um pelotão.
A minha companhia, que inicialmente ficou no Liberato e por lá se manteve durante um ano, antes de ir para a Aldeia Viçosa, ainda arcava com a perigosidade da picada entre a fazenda e a Aldeia Viçosa. Eu próprio, no dia 17-07-0967 (para ser tudo em sete), sofri com a minha secção uma emboscada nessa picada. Este caminho, decerca de 40 kms., era feito praticamente todos os dias, quer para o reabastecimento, com tudo o que ele englobava - quer para transportar o pessoal para as operações e regresso e ida novamente, para os ir buscar.
Toda a gente tem histórias para contar e eu também, mas o meu batalhão desbravou ainda muito terreno para os que lhe seguiram.
Quando chegámos à fazenda Liberato, o aquartelamento era um aglomerado de tábuas e chapas de zinco, constituindo umas barracas. Quando de lá saímos, ficou um aquartelamento já com boas condições - com um bom refeitório uma boa arrecadação e afins. Quando fomos para a Aldeia Viçosa, novamente obras e o aquartelamento que lá fizemos já deveria ser aquele que viu quando por lá passou anos mais tarde. A companhia 1706 que estava em Santa Isabel fez o aquartelamento todo novo (...). A Companhia 1705 foi a mais beneficiada nesse capítulo. No Zalala, tinha boas instalações, além de electricidade 24 horas por dia.
Só as férias nos davam folga, mas mesmo essas normalmente eram gozadas em Luanda e, se se tinha que ir de coluna, era uma grande chatice. No meu caso, ou ia a Negage, à base aérea, para apanhar o Noratlas, ou ia a Carmona, no avião da DTA.
Toda a gente tem histórias para contar e eu também, mas o meu batalhão desbravou ainda muito terreno para os que lhe seguiram.
Quando chegámos à fazenda Liberato, o aquartelamento era um aglomerado de tábuas e chapas de zinco, constituindo umas barracas. Quando de lá saímos, ficou um aquartelamento já com boas condições - com um bom refeitório uma boa arrecadação e afins. Quando fomos para a Aldeia Viçosa, novamente obras e o aquartelamento que lá fizemos já deveria ser aquele que viu quando por lá passou anos mais tarde. A companhia 1706 que estava em Santa Isabel fez o aquartelamento todo novo (...). A Companhia 1705 foi a mais beneficiada nesse capítulo. No Zalala, tinha boas instalações, além de electricidade 24 horas por dia.
Só as férias nos davam folga, mas mesmo essas normalmente eram gozadas em Luanda e, se se tinha que ir de coluna, era uma grande chatice. No meu caso, ou ia a Negage, à base aérea, para apanhar o Noratlas, ou ia a Carmona, no avião da DTA.
5 comentários:
Olhe aí, ó amigo: isso também fez o 8423 centenas de vezes. Agora felicito-vos pelo trabalho que tiveram na construção das instalações e honro-vos pelas dificuldades que devem ter passado, mas é como diz o outro cada um, sofreu as suas.
Fiz algumas vezes esses trajectos e íamos sempre com os pelitos em pé... e uma vez tivemos um bate barbas com uma companhia revoltada, alguém se lembre disso?
Quero comentar, talvez fazendo história, que na realidade o "Liberato" ficava bem distante do Quitexe e era uma picada assaz perigosa. Sendo assim, creio que o nosso Comando (BCAV1917-1967/69), deu um "rebuçado" a estes abnegados e esforçados militares (CCAV1707), tendo-os transferido para a Aldeia Viçosa, que fica na Estrada Luanda/Quitexe, por troca com a C.CAÇ1306 que foi uma companhia constituída por naturais de Angola.
Ao que parece a situação ficou consumada, porque não vejo os Batalhões que nos sucederam, falar que tiveram companhias no Liberato.
Dessa Companhia ainda o Fernandes (Cabrinha) me encontrou uma vez em Faro. Vejam lá como o mundo é pequeno. Não me perguntem por ele. Faleceu.
f.Claudio-Ex Furriel Milº Enfermeiro - CCS/BCav 1917.
fclaudio@live.com.pt
Foi no longínquo dia 28 de Março de 1967 (nesse dia, fizemos 22 meses de comissão)que uma coluna da CARTª 785 do BARTº 786, que estava sediada na Fazenda Liberato,sofreu uma emboscada, na picada do mesmo nome.Nesse encontro com o IN sofremos 1 baixa, que foi o Soldado "Faia", natural de V. do Castelo, e 3 feridos, dois com gravidade.O menos grave foi atingido con estilhaços de granada no peito.Os dois mais graves um deles,(Sold.Atir)foi atingido com um tiro na cara -por sorte o tiro foi efectuado com pistola - que lhe entrou junto ao malar do lado direito, ficando alojado no máxilar contrário. O outro ferido grave, foi o Sold.Condutor da Mercedes, que levou uma rajada no joelho esquerdo. Foram evacuados para o Hospital da Base Aérea nº3 do Negage.O que ficou em pior estado, foi o Condutor, pois regista uma grande incapacidade no referido membro.
Como devem calcular esse foi um dia muito triste para o nosso Batalhão.
A FOTO QUE ESTA COMO FAZENDA LIBERATO É A FAZENDA ZALALA, PEÇO QUE ALTEREM A NOTICIA
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