furriéis Pires ( o mesmo, quase de costas), Aldeagas,
Cruz, Graciano, Rocha, Letras, Monteiro e Carvalho,
à porta da Casa dos Furriéis, no Quitexe.
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O Pires (de Bragança) e o Rocha (de Gaia) eram furriéis milicianos de transmissões. A pacatez bragançana «casava-se» bem com a tranquilidade gaiense. Era a discrição em corpo de militar. Moravam ali ao lado do nosso quarto e deles ambos não vinha mal que ao mundo fizesse. Quer isto dizer que eramos todos afins. E amigos.
O Pires, agora já a gozar as delícias da reforma, depois de 30 anos a servir a República, mandou um sumário das suas férias angolanas. Ei-lo:
(...) gosto muito de ler as passagens do blog, recordando todo esse tempo maravilhoso. Pelo menos para mim. Acabei de ler a descrição das tuas férias "nos Angola", pois as minhas e as do Rocha foram idênticas, só que nós andamos sempre na aventura da boleia, poupando nas viagens para gastar nas noitadas e estadias.
Na verdade, foi um mês que eu nunca mais esqueço, pois corremos quase Angola toda, à boleia. Ainda no tempo em que Angola era cruzada de Norte a Sul e de Este a Oeste pelos camionistas e sem qualquer risco. Isto, apesar de, no regresso a Luanda, quando vínhamos do sul, sermos surpreendidos com um grande tiroteio na estrada de Catete, entre o MPLA e a FNLA. Ficámmos ali entre uma a duas horas, até que as balas tracejantes deixaram de se ver e ouvir e apareceu um corajoso com a carrinha estacionada na frente da fila de viaturas, que nos levou até à baixa.
Procurámos um hotel para pernoitarmos, mas estava tudo cheio, pois a população dos bairros fôra toda para a baixa, com medo. Sabes onde fomos parar? À fortaleza! E fomos muito bem recebidos pelos nossos camaradas militares. No dia seguinte, fomos para o hotel Europa, até iniciarmos outra grande aventura: a ida para Carmona por estrada, com um viajante de textêis. Ainda fomos ao aeroporto, para irmos de avião mas só havia voo por empo que não nos interesssva, pois tínhamos de nos apresentar antes.
A viagem foi uma grande aventura (a ida para Carmona, por estrada...) e de risco muito elevado, devido aos vários controlos que tivemos durante o percurso, mas felizmente correu bem!
- PIRES. José dos Santos Pires, furriel miliciano de transmissões, de Bragança. Aposentado da GNR.
- ROCHA. Nélson dos Remédios da Silva Rocha, furriel miliciano de transmissões, de Valadares (Gaia). Técnico de vendas.
2 comentários:
O furriel Pires, quem diria vê-lo agora aqui, E o furriel Rocha e o Cruz, que jovens eram eles e eu, abraço para todos.
Santos
Um abraço para o furriel Pires e com que então já está reformado, isso é que vida boa...
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