quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A barba faz-se logo de manhã...

Casal, Viegas e Pedrosa, nos Marrazes, a falar do Quitexe


As orelhas do Quitexe, se as tivesse, teriam estado hoje a arder por largas horas, bdem prolongadas do almoço, pelas bocas de memórias de três ex-combatentes: Casal, Viegas e Pedrosa. Comeu-se, bebeu-se e falou-se. Em sítio próprio, sugerido pelo Casal, que por terras quitexanas jornadeou pelo BCAÇ. 3879: o restaurante Pipo Velho, em Marrazes (Leiria).
Foi bom o manjar e óptima a conversa, com sobremesa de saudades das terras uíjanas.
Hoje, vem ao caso, em dia de 36 anos de partida da épica coluna militar de Carmona para Luanda, com um cuidado muito especial: «a população civil, conhecedora do movimento das NT, insegura no seu dia a dia, descrente do seu futuro e receosa de futuras represálias, resolveu-as pelo exodo e começou a sentir-se que iriam acompanhar a nossa coluna centenas de viaturas, com o consequente muito elevado número de pessoas», como se lê no Livro da Unidade. E juntar-se-iam 700 viaturas.
A situção já foi circunstanciadamente tratada neste blogue, DAQUI (post de 4 de Agosto de 2010) a AQUI, (post de 29, seguinte), entre outras postagens.
O que aqui venho lembrar, contado pelo Pedrosa, tem a ver com  as exigências disciplinares de Almeida e Brito, o nosso comandante, que não tolerou a um alferes não ter feito a barba do dia.
O oficial miliciano era Pedrosa, que em perído de folga, teve de acudir a acidente de um militar, transportando-o de Santa Isabel para Carmona. De passagem pelo Quitexe, visitou a guarnição e a messe de oficiais, onde cumprimentou quem por lá estava. E estava o comandante do BCAV. 8423.
«A barba faz-se logo de manhã», avisou-o Almeida e Brito. Imperativo.
Estupfactou-se o jovem oficial: afinal, em dia de folga militar, dispusera-se a conduzir um ferido. Como era seu dever. Era isso muito mais importante que uma barba que não se desfizera em dia de descanso.  Mas continuou imperativo, o comandante: "A barba faz-se logo de manhã!».
- PEDROSA. Luís António Pedrosa de Oliveira. Alferes miliciano atirador de cavalaria. Natural e residente em Marrazes (Leiria).

2 comentários:

Anónimo disse...

Carlos Silva Uma vez mais, obrigado Viegas! É sempre com uma certa nostalgia, .........sem saudosismos, que recordamos uma época que marcou(independentemente de ter sido bom ou mau) a nossa existência. Foi bom rever o Pedrosa, porque já o não via há alguns anitos.Um grande abraço para todos.
Carlos Silva.

Anónimo disse...

Aló Alferes aqui Zalala, com o nosso Comandante, não á barba que resista. 1 Abraço Camarada.
Aérico Rodrigues