sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Um boato e ameaças de processo judicial...

Viegas e Pires (de Bragança) nas escadas das traseiras da messe de Carmona 


Há dias, em Bragança, estive com o Pires - que goza a sua reforma e se privilegia com os ares transmontanos. Eu e ele (de barbas), somos os dois jovenzinhos da foto, que tem já mais de 36 anos e foi tirada nas escadas da messe de sargentos, em Carmona, no Bairro Montanha Pinto.
A tropa, inevitavelmente, foi o tema de dois dias de conversa - recordando-se situações e nomes da nossa jornada angolana, que passou pelo Quitexe, por Carmona e por Luanda.
A «histórica» saída à aldeia do Dambi Angola veio à baila (ver AQUI), assim como a conversa de pé de orelha (e bem pouco simpática) que eu tive com o comandante Almeida e Brito, que me pedia contas por, alegadamente, dele eu ter dito que seria preso quando a Lisboa viesse de férias. Por ele ser um oficial fascista.
Chamado por ele, ao seu gabinete do Quitexe, senti-me acossado e recorda-me o Pires que reagi com pouca simpatia para com Almeida e Brito: «Processo judicialmente seja contra quem for que me acuse de tal...», disse-lhe eu. Meio violento, determinado. imperativo, sem medo.
À distância de quase 37 anos (isto aconteceu nas vésperas do Natal de 1974), recordar uma singular situação como esta não deixa de nos fazer sorrir. Era a juventude e a irreverência a darem pé ao meu protesto, a uma injustiça que se fazia contra mim, pela mão de alguém que me seria pouco grato e me acusava de uma inverdade. Um boato!
Anos mais tarde, em Coimbra, onde foi 2º. Comandante da Região Militar Centro, falei ao então brigadeiro Almeida e Brito sobre a origem desta história. Mas ele sorriu-se, desviou a conversa para os lendários e dramáticos últimos dias de Carmona e... e vou morrer sem saber quem criou o boato. Mas lá que desconfio, desconfio!!! Ainda hoje.
Ver AQUI.

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