sábado, 22 de agosto de 2009

O capitão Falcão das Operações


Tenente-Coronel Almeida e Brito (comandante) e capitão Falcão (oficial de operações)

O capitão Falcão era o oficial de operações do BCAV 8423. Oficial Adjunto, para ser mais certo. E tenho a ideia de que, por não termos 2º. Comandante, assumiu ele essa responsabilidade - até à chegada, já em Março de 1975, do capitão Silva Themudo.
O capitão Falcão primava pela discrição, quase sempre de pingalim batendo a perna e sorrindo para toda a gente, garboso, distinto, um verdadeiro oficial de cavalaria! Inspirava confiança e respeito. E sabemos que era competentíssimo nas suas responsabilizadas tarefas: metódico, tecnicamente preparado, sem deixar fugir uma vírgula ou um ponto a um qualquer planeamento operacional - fosse qual ele fosse, o mais perigoso ou o aparentemente mais tranquilo. Dele recebi directamente algumas ordens de operação, na ausência do alferes Garcia (comandante do PELREC), e o mais apreciável desses contactos era a precisão com que esclarecia as tarefas que nos esperavam nas horas seguintes.
A 3 de Novembro de 1974, alertou-nos para a eventualidade de termos encontros directos com o IN - combatentes do FNLA - numa operação do dia seguinte. Ver AQUI. Foi preciso e conciso. Incentivou e descontraiu-nos. Partimos na madrugada de 4 de Novemnro e encontrámo-nos com «fnla´s» na aldeia do Dambi Angola. Quando voltámos, lemos-lhe nos olhos a alegria e a felicidade de voltarmos todos. Sem problemas! A minha continência, sr. oficial de cavalaria!
- ALMEIDA E BRITO. Tenente-Coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, comandante do BCAV 8423. Depois, foi 2º. Comandante da Região Militar Centro (Coimbra), 2º. Conandante Geral da GNR e comandante da Região Militar Sul (Évora). Atingiu a patente de general. Faleceu há três anos, subitamente, quando passeava em Espanha.
- FALCÃO. José Paulo Montenegro Mendonça Falcão, capitão de cavalaria. Atingiu (pelo menos) a patente de tenente-coronel e reside em Coimbra.

1 comentário:

QUITEXENSE disse...

O comandante Almeida e Brito já tinha estado no Quitexe uns anos anos, como oficial de operações e deixou por lá fama.