O desarmamento dos milícias foi um dos pontos mais delicados da actividade do Batalhão de Cavalaria 8423, em Outubro de 1974. E começou faz hoje precisamente 37 anos.
A questão já AQUI foi falada. Mas, ao tempo, foi necessária a intervenção dos regedores das aldeias (sanzalas) nas quais houve mais renitência ao desarmamento.
Ocorre-me uma convocação, apressada, do regedor de uma sanzala perto da vila do Quitexe (porventura o Tabi), onde o regedor local teve enormes dificuldades em convencer os milícias para entregarem as armas. A «coisa» pôs-se preta - o que motivou a intervenção militar, de resto muito aligeirada e discreta, já que os milícias acabaram por compreender a situação, embora, e com legitimidade, tivessem receio de represálias, da parte dos elementos dos movimentos de libertação.
Não consta, porém, que tivesse acontecido qualquer retaliação, pelo menos na zona de acção do BCAV. 8423.
A 26 de Outubro, no Quitexe, realizou-se uma reunião com todos os regedores, no sentido de os sensibilizar para a necessidade de entrega do armamento dos milícias - o que veio a acontecer, a partir de 28 de Outubro desse ano de 1974. Entregas voluntárias.
- REGEDORES. Representantes da autoridade
administrativa civil, nas sanzalas. Tinham
autoridade policial e até judicial.
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