Quartel do CIOE, em Lamego. Distintivos das Operações Especiais (Rangers)
Os Cavaleiros do Norte tinham quatro alferes milicianos de Operações Especiais (os Rangers), do mesmo curso (o segundo de 1973) de todos os furriéis, menos um - o Reina, da companhia de Santa Isabel (que era do terceiro). Os outros, eram o Monteiro, o Viegas e o Neto (da CCS, no Quitexe), o Pinto (da 1ª. CCAV., em Santa Isabel) e o Letras (da 3ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa).
Alferes milicianos eram o Garcia (CCS), o Sousa (1ª. CCAV.), o Machado (2ª. CCAV.) e o Rodrigues (3ª. CCAV.). E são aqui chamados, hoje, por uma curiosidade: classificaram-se todos seguidos, no 2º. curso do CIOE de 1973 - que decorreu entre Julho e finais de Setembro. Por esta ordem: 23º.-Rodrigues (média final de 14,78), 24º.-Machado (14,75); 25º.-Sousa (14,73); 26º.-Garcia (14,78). Separados por décimas. E tudo gente boa.
O curso não foi pêra doce, bem pelo contrário! E foi ensombrado pela morte, em plena instrução nocturna, de um cadete - atingido por um disparo, na carreira de tiro, quando fazia a prova de rastejamento. Era já madrugada (umas 3 para 4 horas da madrugada), eu já tinha concluído a minha prova (que foi muito dura, muito violenta, metendo também petardos e agressões físicas, diziam-nos que era para estimular a agressividade e capacidade de defesa (pois que fosse!!!) e saí da caserna, com outros companheiros, atraídos pela passagem inopinada de uma ambulância militar. Logo soubemos o que se passara, mas nada havia a fazer. O companheiro soldado cadete (futuro alferes miliciano) faria 21 anos nesse dia e nessa madrugada faleceu.
Cada um de nós se lembrou, e emocionou, a pensar que tínhamos passado o mesmo obstáculo, escapando ao luto da morte!
Saudades desse companheiro, de quem não lembro o rosto, mas por quem não esqueci a aquela noite trágica.
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