Aldeia Viçosa, onde operava a 2ª. Companhia. Também se vê Santa Isabel (2ª. CCAV.) e Dange (que é o Quitexe)
O mês de Outubro de 1974, no Sub-Sector Militar do Quitexe, foi marcado por 5 deserções, todas de militares dos chamados Grupos de Mesclagem do Regimento de Infantaria 20 (RI 10), de Luanda. Recordo os apelidos: Gabriel, Amaro, Bartolomeu, Júnior e Sobrinho. Todos da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa.
Ao tempo, vésperas das colheitas do café, era também o de muitos homens que serviam o exército português «passarem» para um dos movimentos de libertação. Ora para a FNLA (o mais influente na zona do Uíge), ora para a FNLA, ora, mais remotamente, para a UNITA - por lá muito pouco implantada. O movimento era encarado com muita naturalidade e não recordo nenhuma situação preocupante que disso resultasse.
Alguns deles, viemos a encontrá-los mais tarde, já servindo os movimentos porque tinham optado - ora logo depois, actuando os movimentos ainda de forma isolada, ora já integrados nas forças mistas (que eram para ser o exército nacional de Angola).
O mês, e por razões que não conheço, foi especialmente marcado, também, por sanções disciplinares na guarnição europeia.
Um furriel miliciano "apanhou" 15 dias de prisão disciplinar agravada, agravada depois para 20 dias (pelo Comando de Sector do Uíge). E há registo de 1ºs. cabos e soldados com punições que variaram entre os 9 e os 20 dias, a detenção, a prisão disciplinar e a prisão disciplinar agravada.
Dispensando os nomes, direi que todas as quatro Companhias tiveram gente punida: a CCS (5 militares), a de Zalala (2), a de Aldeia Viçosa (2) e a de Santa Isabel (3).
1 comentário:
Alfredo Rodrigo Ferreira Coelho: Fui o que apanhei mais prisão,só foram 30 dias de prisão disciplinar agravada. O que me deu origem à despromoção.
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