sábado, 1 de outubro de 2011

1 021 - Ataque a madeireiros e a morte de Cavaleiros do Norte

Aquartelamento do Liberato, onde esteve a CCAC. 209/RI 21



A 30 de Setembro de 1974, o IN, que até aí e pelo mês fora, "continuara apático", realizou uma acção ofensiva no Sub-Sector do Quitexe, «ao atacar madeireiros na área do Liberato e ao flagelar uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas». 
Por esses dias, foi a minha chegada ao Quitexe, de férias passadas por Angola, e a 27 a revolta dos militares daquele aquartelamento do Liberato, um guarnição composta por uma companhia de angolanos, formada no RI 21, mas com a maior parte dos quadros europeus. Entre eles, o meu amigo e companheiro de curso comercial, em Águeda, o José Marques de Oliveira, do Caramulo - ali furriel miliciano de alimentação.
O 27 de Setembro, para a guarnição do Quitexe, foi seguramente dos mais difíceis e dramáticos dias de toda a jornada africana. Felizmente, sem quaisquer consequências especiais - pelo recuo dos revoltosos do Liberato, quando os esperávamos na estrada de asfalto, entre o Quitexe e a aldeia do Dambi Angola.
O mês, infelizmente, ficou marcado, a nível dos Cavaleiros do Norte, pela morte do soldado atirador Joaquim Manuel Duarte Henriques. Era natural de Odivelas, em cujo cemitério foi enterrado. Faleceu a 21 de Setembro, vítima de doença. Pertencia à 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala - comandada pelo capitão miliciano Castro Dias.
O luto voltou ao batalhão a 2 de Julho de 1975, com a morte do soldado atirador Jorge Custódio Graça, da 3ª. CCAV., comandada pelo capitão José Paulo Fernandes,a da Fazenda Santa Isabel, vítima de acidente. Era do Casal das Raposas, em Vieira de Leiria.

2 comentários:

Anónimo disse...

O ataque aos madeireiros que eram empregados do Sr.Salgado que tinha a serração no Quitexe ,fui eu que os fui buscar com mais militares claro, eles eram 8 madeireiros 7 pretos e 1 branco. Eles foram mortos pelos gurrelheiros da F.N.L.A. em ...seguida foram despidos e regados com gasolina e atearam fogo,os corpos pareciam ferros torcidos ,porque ficaram carbonizados.E então trouxemos num unimogue embrolhados em cobertores e transportamos para a casa mortuária do Quitexe , que ficava próximo do cinema do Quitexe,para depois serem entregues à familia para se fazer os funerais.Mas não era facil de os identificalos a não ser só o branco,porque tinha um bocado de cabelo que não tinha ardido,caso contrário os pretos estavam erreconheciveis.
Alfredo Coelho (Buraquinho)

Anónimo disse...

Eu estive no local onde esses corpos queimados foram colocados na vila de quitexe fui uma expriencia um pouco arrogante.
José Rebelo