Hipólito e Viegas (atrás), Caixarias, Silvestre (?) e Marcos, em Luísa Maria
O mês de Outubro de 1974 foi de intensa actividade na área de acção do BCAV. 8423: preparou-se a rotação de várias subunidades (algumas concretizadas, outras ficando para meses seguintes), repetiram-se reuniões de comandos, aconteceram algumas emboscadas (com mortes de civis), houve pilhagens nas estradas e picadas, foram desarmados os milícias e apresentaram-se 6 elementos armados da FNLA. E foi anunciada a paragem de hostilidades, deste movimento independentista (armado) para com as NT.
Outras coisas aconteceram: a 13 de Outubro (hoje se completam 37 anos), saiu do Quitexe uma delegação de oficiais da CCS para ir (e foi) à Fazenda Luísa Maria - de onde iria sair a guarnição do Destacamento Militar, formado por gente da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa. Era domingo, dia de Nossa Senhora de Fátima - que em Portugal encerrava o ano mariano no santuário e mais um ciclo anual de peregrinações.
Surpreendeu-me por lá, a enorme fé e quase misticismo com que os populares negros nos falaram de Nossa Senhora de Fátima. Era dia de Fátima! Era uma devoção tão surpreendente quanto evidente, quase comovente! Enternecedora e emotiva!
O que me lembro desse dia, e por isso, foi de ter levado a memória atrás no tempo e a conversas com minha mãe sobre o meu desejo de que não fizesse promessa de ir a Fátima a pé, como ao tempo era vulgar - da parte de familiares dos militares em cenários de guerra. Acordo que ela cumpriu, embora o terço das suas rezas lhe passasse pelos dedos centenas e centenas de vezes nos 15 meses da nossa jornada angolana.
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