sexta-feira, 16 de setembro de 2011

1 006 - O dr. Leal..., médico e capitão do Quitexe


O dr. Leal, no Quitexe, de cigarro na boca (1974), com os alferes Garcia e Ribeiro (è esquerda) e tenente Luz (à direita). Em baixo, o consultório de Fafe (Setembro de 2011)




ANTÓNIO FONSECA
Texto

Já por diversas vezes aqui se escreveu sobre o dr. Leal, distinto médico que por terras do Quitexe, e outras, jornadeou com o 8423. E também com o 3879 e o 4211, que antecederam os Cavaleiros do Norte.
São muitas as histórias sobre os feitos, enquanto médico, do dr. Leal. Outros, talvez porque não chegaram a necessitar dos seus préstimos, realçam-lhe outras qualidades. Defeitos não lhe apontam, embora naturalmente os tenha, mas serão talvez tão inofensivos que não lhes salta à memória.
São muitos os episódios contados pelos ex-enfermeiros, ao tempo colaboradores do dr. Leal e que com ele trabalharam e conviveram durante cerca de um ano. O ex-furriel enfermeiro, desde há muitos anos seu colega de profissão, lembra, com nostalgia e muita saudade, as muitas horas vividas em trabalho e também em momentos lúdicos.
«Excelente médico e com uma capacidade de trabalho que nos impressionava. Muitas vezes nos serviu de motor em horas difíceis, sempre com um sorriso e uma disponibilidade exemplares. Gostava de rever esse homem… O dr. Leal… será vivo?!», comentava comigo o dr. Gouveia, com ar nostálgico e um acenar de cabeça, a deixar adivinhar o respeito que por ele nutre!
“Não só é vivo como, tanto quanto sei, goza de boa saúde e ainda dá consultas!”, informei-o eu, deixando-o um tanto perplexo com a saudável longevidade. Para que melhor nos situemos no tempo, na altura os meus 22 anos corresponderiam aos 45 do Dr. Leal, suponho eu!
Em périplo, por Alto Minho, resolvi dar um saltinho de Viana do Castelo a Fafe, e procurar o dr. Leal, na esperança de uma boa conversa e também de uma boa história para aqui postar. Iria também, porque não, agradecer-lhe os seus cuidados quando o paludismo me pôs mais para lá do que para cá!
Não tive a sorte que procurava e dei de caras com a porta fechada! Tive pena, muita pena, mas ficará para outra altura. Talvez até para breve!
Não conseguindo eu a “entrevista” nem a foto desejada, contentei-me em “trazer” a entrada do gabinete onde ainda dá consultas e, solidariamente, “teima” em isentar os economicamente mais frágeis!
«Excelente pessoa, afável… já não há como ele!», garantiam!
É assim o dr. Leal! Assim mo descreveram pessoas anónimas com quem encetei conversei, enquanto aguardava uma possível chegada a casa, do médico que Fafe bem conhece, respeita e admira! O mesmo homem que todos aprendemos a respeitar em terras Quitexanas. Bem haja, dr. Leal!
ANTÓNO CASAL DA FONSECA

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