Alguns elementos do Grupo de Mesclagem de Zalala, com militares europeus
As tropas angolanas que serviam as forças armadas portuguesas, com o desenvolvimento do processo de descolonização, começaram a ser um grande problema para os seus comandos - criando repetidos conflitos e actos de indisciplina. Recordemos-nos, embora seja um caso muito especial, da revolta da guarnição do Liberato, que tantos amargos e medos nos causou.
Eram os chamados grupos de mesclagem.
A situação tornou «necessário remover as dificuldades» e, assim, na continuação da desactivação dos vários destacamentos do BVAV. 8423 e na sequência da cada vez mais imperativa retracção do dispositivo militar, foi deliberado «dispensar a prestação do serviço militar dos grupos de mesclagem».
O BCAV. tinha um na 1ª. CCAV,. a de Zalala; outro na 2ª. CCAV., em Aldeia Viçosa; e outro na 3ª. CCAV., a de Santa Isabel. Integravam os respectivos grupos de combate.
A 1 de Dezembro de 1974, foi deliberado que os grupos de mesclagem entrassem de licença registada, o que rapidamente se concretizou, ao longo do mês. Na prática, era a mesma coisa que passarem à disponibilidade e muitos deles, provavelmente, terão ingressado nas fileiras armadas da FNLA, MPLA e UNITA - tal qual, de resto, aconteceu com muitos GE.
1 comentário:
Lembro-me bem de essa situação e do meu amigo Salvador,angolano que na altura não queria passar a reserva com receios de represálias.
Gostaria de saber onde ele pára.
Bom homem...
ManPinto
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