Almeida e Brito, ao centro, ladeado pelo capitão Fernandes e furriel Reino (à esquerda), o soldado corneteiro e capitão Falcão e Oliveira. Aqui à frente, o alferes Hermida e esposa, a esposa do alferes Cruz e este
A 26 de Dezembro de 1974, o comandante Almeida e Brito foi a Carmona retribuir a mensagem de Natal do comandante do Sector do Uíge. Esta, com votos para que «juntemos os nossos esforços para que, em Angola, se consiga a paz».
O comandante do Sector era o general Altino de Magalhães, que, na mensagem, apelava aos militares para serem «indiferentes às ofensas e calúnias», para «com a consciência tranquila, prosseguirmos confiantes a nossa missão e, serenos até ao fim, para que possamos dizer, com satisfação e orgulho, missão cumprida».
Seriam muito avisadas, as palavras do general - que saberia, seguramente, muitas coisas e disporia informações que nos escapavam. Mas já era evidente, ao tempo, a hostilidade de parte da população civil europeia aos militares. E não eram raros os insultos e agressões verbais dos civis, muitas vezes chamados de traidores e filhos desta e daquela, com a maior das facilidades - o que gerou fortes constrangimentos, bem difíceis, aliás, de engolir e digerir.
Mesmo no Quitexe, nos restaurantes e bares da vila, ou na rua, com ou sem propósito, tornou-se vulgaríssima a hostilidade e o insulto gratuito, até de alguns cidadãos que muito beneficiavam da presença e acção da tropa portuguesa. Uma vez, no restaurante do Rocha, ia-se chegando a vias de facto, já com alguns empurrões pelo meio, valendo, na altura, a preciosa intervenção do alferes Garcia, de oficial de dia.
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