quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

1 104 - A saída do Pelotão de Morteiros 4281

Alferes Garcia, Ribeiro e Leite, na messe do Quitexe


A 20 de Dezembro de 1974, iniciou-se, no Quitexe, a operação de saída do Pelotão de Morteiros 4281, que era comandado pelo alferes miliciano Leite. O pelotão integrava a guarnição do BCAV. 8423 e já jornadeava pela vila uíjana quando, a 6 de Junho do mesmo ano, lá chegámos nós.
Foram bons companheiros, já com experiência de guerra que nos foi útil para a missão que lá nos levou. Uma das mais delicadas operações militares que integrei, por três dias em alerta pela Baixa do Mungage adentro, culminou numa recolha do Pelotão de Morteiros. 
A vida civil fez-me reeencontrar várias vezes um dos «morteiros» do Quitexe, o Pagaimo - que fez carreira nas Brigadas de Trânsito da GNR e, nesta qualidade, me reconheceu poucos anos depois, na estrada de Águeda para Aveiro, a pouco mais de 2 quilómetros de minha casa. Fazia ele o seu serviço, mandou-me parar e resolveu implicar comigo, fazendo criar suspeitas para achar razões de multa. Afinal, estava a deliciar-se com a encenação que preparou ao reconhecer-me, sem que eu desconfiasse dele.  Eu conhecera-o de camuflado e ele apareceu-me de farda da GNR, com chapéu em vez de quico. Não era o Pagaimo do Quitexe.
Ainda falamos de quando em vez, ele agora já reformado - em Arazede, de Montemor-o-Velho. O alferes Leite, natural dos Açores, reside actualmente em S. Francisco, na Califórnia (Estados Unidos).

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