sexta-feira, 18 de novembro de 2011

1 069 - As traições e a presença portuguesa...


Hoje, dia 18 de Novembro de 2011, foi feriado nacional dos Cavaleiros do Norte. Isto, porque o Neto (à direita na voto) e o Viegas (à esquerda) estiveram num almoço das 12,20 às 17,50 horas da tarde. Perdão, da noite.
Não há forma de dizer a coisa de outra forma. 
Isto até pode parecer presunção!!! Feriado nacional dos Cavaleiros do Norte, mas o que é isso, ó pá?!!!!! Pois que seja, mas foi uma tarde inteirinha a falar da tropa, do Quitexe, de Carmona, de Aldeia Viçosa, de Santa Isabel, de Zalala, de Luanda, de Angola.
O Chico Neto, bom de palavra e de memória afinada, veio lembrar a pouca vergonha de um fazendeiro cabo-verdeano que nos traiu (traiu a tropa portuguesa...) e foi duplo (ou triplo) agente no tempo em que fomos garantes da presença portuguesa em Angola.
Sobre este matéria, aliás, não há grandes dúvidas - de então e de agora! Havia gente que lidava com a tropa portuguesa com a mesma facilidade com que, nos seus domínios territoriais (as fazendas, as vilas, as aldeias...)  facilitava a entrada de militantes e combatentes da FNLA. Ou do MPLA, para o caso é o mesmo. Por lá, a presença da UNITA era pouco visível.
Destacou-se a estas memórias a assumpção que todos assumíamos da soberania portuguesa: tínhamos o controlo do território, o domínio militar e a hospitalidade dos nativos. A que podemos associar, sem exagero, a capacidade de miscegenação da raça lusitana.
Por alguma razão ouvíamos todos nós, ontem e hoje, o presidente José Eduardo dos Santos a dizer da sua afinidade e cumplicidade com  os problemas que hoje fragilizam a sociedade portuguesa. É isto que sabe bem dizer, 34 anos depois do tempo em que muitos de nós eram actores da transição.

2 comentários:

Luis Patriarca disse...

É quase sempre assim. Quando dois ex-combatentes se encontram é inevitável, ainda mais quando os dois foram companheiros no mesmo batalhão ou companhia.
Acontece assim comigo e os outros ex-companheiros onde regularmente nos encontramos.
O local e os casos do dia a dia da época marcaram muito e a nostalgia tem uma palavra a dizer.
Luis Patriarca

rodrigues -zalala disse...

Oi Camarada Viegas e Neto, é feriado e nós não sabemos de nada. Arranja uma cunha e coloca este num daqueles que o desgoverno quer extinguir, para que pelo menos possamos usufruir de umas horas de recordações, já que ninguém nos reconhece, mas nós não nos esquecemos dos Camaradas, Amigos, Companheiros que este País ignora, para puder por nossa conta e risco a conversa nem que seja por umas horas