Porto de Luanda e o navio «Niassa»
E lá fomos! Foi nos últimos dias de Agostoe não gostámos muito do barco! Mas tinha de ser e, com alguém do «Niassa» (não me lembro bem como), ainda por lá andámos as ver porões e camaratas, cheios de papéis e de nomes na mão, para desarriscar do rol. Felizmente, a coisa deu para virmos de avião e, quando o soubemos, só não pusemos foguetes por não os termos. Entre 8/9 horas de avião e 9/10 dias de barco, não era preciso vir o diabo escolher.
Quem por nós decidira, decidira muito bem!
O Machado (que ontem fez 59 aninhos, festejados na sua casa do Gerez) também por lá esteve connosco numa das idas e, nessa, guiava um jeep militar. Decidimos ir almoçar para a Mutamba e metemos-nos ao trânsito da cidade. Que não era tão fluído assim e nos «enrascou». Melhor dizendo, «enrascou» o Machado - que se viu em palpos de aranha para fazer uma manobra, por falta de «bracagem» da viatura. Íamos fardados e fomos brindados com uma monumental assobiadela e um rol de nomes bem pouco simpáticos. A comunidade civil andava revoltada com a tropa portuguesa, não poupava quem visse de farda e insultava. Foram assim muitos dos nossos últimos dias de Angola, em Agosto e até 8 de Setembro de 1975.
1 comentário:
Maçaricos e lateiros a conduzir.
Eu sei bem como eram esses conductores.
Pinto
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