dia) e Monteiro, com o cabo Soares, na frente da residência dos furrieis,
em plena avenida do Quitexe. Atrás, ficava a messe de oficiais.
Desse serviço, recordo uma cena: à meia-noite, desligava-se a luz pública e tinha de se ligar o gerador do aquartelamento. ÀS vezes e por uns escassos segundos, ficávamos sem energia. Pois o bom do tenente Mora insistiu que era um ataque do IN. Sabotagem!! Princípio de um bombardeamento! Eles estavam a observar-nos!!! Eles, eram os ditos turras (terroristas!). O IN!
"Não é nada, meu tenente!!! Não é!!...", dizia-lhe eu, tentando explicar-lhe o que na verdade se passava. Mas nada de o conseguir convencer!
Estávamos frente à messe de oficiais, a ligação do gerador era mesmo ali, nas traseiras dos quartos dos furriéis, o militar encarregado desse serviço já ia ligar, era sempre assim! Mas nada convenceu o tenente Mora, que se atirou para o chão e começou a rastejar até um ponto de (suposta) protecção. A luz abriu-se, entretanto, com o gerador já a funcionar. Não chegou a haver "ataque" nenhum. Várias vezes comentámos, um e outro, esta história de uma noite de África! E sempre o tenente Mora se sorriu deste momento, algo caricatural!
- IN: Sigla usada para identificar inimigo.
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