sábado, 17 de dezembro de 2011

1 100 - O futebol e as tardes quitexanas dos domingos...

Lopes, Gomes, Grácio, Mosteias, NN e NN (em cima), Monteiro, NN, Teixeira (estofador), Miguel e Botelho. Alguns deles com sapatos, em vez de chuteiras. Quem se lembra dos nomes dos não identificados?

O futebol matou muitas saudades do então Portugal europeu. Ora pelos memoráveis relatos da Emissora Nacional, que nos chegavam através da onda curta, quer, localmente, pelos rijos e disputadíssimos prélios que opunham companhias a companhias, pelotões a pelotões, ou até com a comunidade civil - estes bem mais rasgadinhos e embandeirados de emoção.
Os relatos da rádio, para os militares, era um lenitivo e  um consolo, embora se ouvissem relativamente mal as empolgantes narrações de Amadeu José de Freitas, Vitor Sérgio, Nuno Braz, não estou certo se Lança Moreira, talvez Fernando Correia e Artur Agostinho (este, mais tarde preso e exilado no Brasil), e outros (que a memória já apagou).
Era sempre com indisfarçada emoção, e ansiedade, que, pelo Quitexe, esperávamos pelas tardes de domingo - no tempo em que o futebol começava a à mesma hora do mesmo dia - e pegávamos nos resultados como tema para fartas e apaixonadas discussões, noite fora. 
A 16 de Dezembro de 1974 (ontem se fizeram 37 anos) fomos (eu e o Cruz, comissários do batalhão, eu suplente) a Sanza Pombo, onde reuniu a Comissão do MFA. Aproveiteu eu para, lá, visitar um dos muitos conterrâneos que em Angola faziam pela vida: o Higino (já falecido), que era técnico do Ministério da Agricultura e lá vivia com  mulher e três filhos. Foi o Cruz para a reunião e eu para casa deles.
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Tão lindinhos que vocês eram.
Ni Neto