Zalala ficou sem tropa portuguesa a 25 de Novembro de 1974, mas ficou na lenda da jornada militar angolana. O blogue de José César mostra-nos um recorte do Jornal A Província de Angola, de data indeterminada (infelizmente), que titula «Quitexe - Posto de Honra /// Zalala - a mais rude escola de guerra».
Ampliando a imagem (basta clicar sobre ela) e com um bocadinho de paciência, consegue-se ler.
Ampliando a imagem (basta clicar sobre ela) e com um bocadinho de paciência, consegue-se ler.
3 comentários:
Bem tentei Camarada. não consegui ver nada, obrigado pelo esforço - 1 Abraço Camarada.
(Para que não nos fiquemos pela vontade de ler, aqui vai a tradução da parte que nos fala de Zalala e Quitexe.)
De Carmona abalámos para o Quitexe, um lugar que também já conhecíamos, ao tempo contava com duas figuras centrais que arrojadamente quiseram dar forma ao sopé da serra do Quitexe.
Mal assomámos a esta vitória, onde as nossas tropas montaram quartel e fazem dela posto de honra da Integridade Nacional, os nomes de José Bastos e de Romão acode-nos à memória e até parece que os estamos a ver montados em tractores a desbravarem a terra e fazerem os primeiros arruamentos, plantando árvores que ainda hoje existem para testemunhar.
Nessa sublime jornada de esperança a que se entregaram muitos dos que por lá mourejam, o Romão morreu sob a máquina possante que traiçoeiramente o esmagou de encontro à terra, pagando assim com a vida o seu incontido interesse de penetração na selva, para que depois se instalassem nela a escola e a oficina que iriam servir as populações e fazer delas elementos válidos das sociedades comuns.
Parece que o destino reservou, na realidade, uma função especial no Quitexe, rodeada como esta de matagais, autêntico oásis de toda aquela seda exuberante de floresta virgem, com a bandeira nacional a desfraldar garbosa no mastro alto, o Quitexe. O Quitexe tem a função especial de ser posto de honra a integridade Nanional.
Pouco tempo em Quitexe. Quinze horas e quarenta minutos. Uma refeição frugal, atenciosamente servida pelo José Morais, um dos que não arreda do Quitexe, as diligências cumpridas e o retorno, agora mais lento, que nos possibilitou a leitura da seguinte inscrição:
«ZALALA»
Zalala é a mais rude escola de guerra de Portugal em todos os tempos, superior a Marrocos, onde Afonso V instituiu a Torre e Espada, símbolo de sacrifício e heroicidade.
Na Zalala, os primeiros heróis a pagar com o sangue a terra pátria foram as crianças inocentes, as mulheres indefesas e a argamassa desse sangue e dessas vidas fizeram da terra a mais rude escola de guerra, em que a luta quando enobrece faz dos soldados mártires e heróis, pela bravura ímpar com defendem a terra de Portugal».
(Para que não nos fiquemos pela vontade de ler, aqui vai a “tradução” da parte que nos fala de Zalala e Quitexe:)
De Carmona abalámos para o Quitexe, um lugar que também já conhecíamos, ao tempo contava com duas figuras centrais que arrojadamente quiseram dar forma ao sopé da serra do Quitexe.
Mal assomámos a esta vitória, onde as nossas tropas montaram quartel e fazem dela posto de honra da Integridade Nacional, os nomes de José Bastos e de Romão acode-nos à memória e até parece que os estamos a ver montados em tractores a desbravarem a terra e fazerem os primeiros arruamentos, plantando árvores que ainda hoje existem para testemunhar.
Nessa sublime jornada de esperança a que se entregaram muitos dos que por lá mourejam, o Romão morreu sob a máquina possante que traiçoeiramente o esmagou de encontro à terra, pagando assim com a vida o seu incontido interesse de penetração na selva, para que depois se instalassem nela a escola e a oficina que iriam servir as populações e fazer delas elementos válidos das sociedades comuns.
Parece que o destino reservou, na realidade, uma função especial no Quitexe, rodeada como esta de matagais, autêntico oásis de toda aquela seda exuberante de floresta virgem, com a bandeira nacional a desfraldar garbosa no mastro alto, o Quitexe. O Quitexe tem a função especial de ser posto de honra a integridade Nanional.
Pouco tempo em Quitexe. Quinze horas e quarenta minutos. Uma refeição frugal, atenciosamente servida pelo José Morais, um dos que não arreda do Quitexe, as diligências cumpridas e o retorno, agora mais lento, que nos possibilitou a leitura da seguinte inscrição:
«ZALALA»
Zalala é a mais rude escola de guerra de Portugal em todos os tempos, superior a Marrocos, onde Afonso V instituiu a Torre e Espada, símbolo de sacrifício e heroicidade.
Na Zalala, os primeiros heróis a pagar com o sangue a terra pátria foram as crianças inocentes, as mulheres indefesas e a argamassa desse sangue e dessas vidas fizeram da terra a mais rude escola de guerra, em que a luta quando enobrece faz dos soldados mártires e heróis, pela bravura ímpar com defendem a terra de Portugal».
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