O que terá a ver 17 de Novembro de 1973 com os Cavaleiros do Norte? Muita coisa, ou nada - depende da forma como vejamos a situação. Por mim, pelo Neto e pelo Monteiro, é dia memorável, embora, na altura, nem tenhamos dado por tanto. Foi o da nossa mobilização, da qual apenas viemos a saber a 7 de Dezembro, quando tal foi publicada «à ordem», em Lamego.
A Direcção do Serviço de Pessoal (DSP) da Repartição de Serviço de Pessoal (DSP) do Ministério do Exército, publicou nesse dia a Nota nº. 47 000 - Processo 33 007, nomeando «para servir no ultramar, nos termos da alínea c) do artigo 20º., do decreto-lei nº. 49 107, de 7 de Julho de 1969» um alargado grupo de militares do 2º. Curso de Operações Especiais de 1973 e, entre eles, nós os três nós.
Oa aí está de como esse dia foi tão relevante nas nossas vidas, «empurrando-nos» para uma comissão de serviço que, 38 anos depois, nos traz por aqui amarrados a este blogue.
Afortunados, em termos de mobilização, eu, o Neto e o Monteiro lá fomos parar a Angola. Tal como o Grilo, o Matos, o Rui Lucas e o Salgueiro, todos de Operações Especiais. Também para Angola e para o BCAV. 8423, o Rebelo (transmissões) - que foi da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa. Prestava serviço no CIOE, no aquartelamento da cidade de Lamego.
Companheiros desse dia que marcou destinos, e assinalados na mesma ordem de serviço, foram os «rangers» Manuel Ferreira, Américo Ferreira, Praxedes, Ribeiro, Pedro e Gama (todos mobilizados para Moçambique) e Rodrigues, Caldeira, Cristóvão, Couto, Alves, Zacarias, Sousa, Amaral e Santos (que foram para a Guiné).
Agora, uma curiosidade: os três primeiros classificados do nosso curso foram mobilizados para a Guiné, a mais «detestada» por todos: o Cristovão (1º. lugar, com média final de 16,58), o Caldeira (2º., com 16,33) e o Fernando Rodrigues (3º., com 16,22). O quarto mais pontuado, o Gama, foi para Moçambique.
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