Capitão miliciano médico Leal (em baixo) e furriel Neto (em cima)
O dr. Leal disse-nos adeus em Novembro de 1974, finda a sua comissão de serviço e com um capital de prestígio popularidade notáveis, entre a guarnição militar e a comunidade civil.
Era um profissional excelente e um companheiro inesquecível, muitíssimo competente, extremamente dedicado, um verdadeiro sacerdote da medicina.
O que recordo dele, hoje, é uma situação algo caricata, que envolveu o Neto, em banho de fim de tarde, nas casa dos furriéis.
Tinha o Neto (como todos nós) de tomar algumas precauções sanitárias e o banho era ocasião preciosa para algumas de carácter físico externo. E assim fez ele, naquela tarde de um dia de muito calor quitexano, esfregando um líquido por partes íntimas, prevenindo-se de eventuais doenças. Mas trocou o receituado.
E afligiu-se, com a coisa a mingar-lhe da vista e ele a gritar, a gritar!! E nós, ali a meia dúzia de metros, a fazer de conta. Deixa lá gritar o homem! Só que aquilo passou das normas e lá fomos nós, afogueados e a saber de que mágoas se qeixava o Neto.
Ao que vimos e não vimos, fomos em passo de corrida reclamar a presença do dr. Leal. Que rogado não se fez, deixando o seu jogo de damas (ou de xadrez, na messe) para, em passo acelerado, acudir aos males do Neto. O que foi e não foi? Pois, resumamos: o Neto tinha trocado a receita e a reacção física deu para a coisa lhe decrescer, lhe mingar, se apequenar, desaparecer da vista! Estão a ver o susto!
E quanto se riu o dr. Leal, há algumas semanas, quando, pelo telefone, nos lembrámos dessa «aventura»! E quanto nos divertimos, eu e o Neto, quando, a beber um café ou a saborear um tracanaz de leitão, nos lembramos da coisa que se lhe mingava!
- LEAL. Manuel Soares Cipriano Leal, capitão miliciano médico. Natural de Santarém, reside em Fafe - onde, aposentado, ainda exerce, já com mais de 80 anos e principalmente servindo gente humilde e não endinheirada.- NETO. José Francisco Rodrigues Neto, furriel miliciano de Operações Especiais (Rangers). Empresário, natural e residente em Águeda.
8 comentários:
Oda-se mingar até eu berrava...
Lá ia o pinóquio embora amigo..
Que susto!!!
Man. Pinto
Nesse tempo o pinóquio andava sempre atrás do pessoal de Zalala, para ver se eles deixar algumas migalhas.
Não havia eles comiam tudo
Américo Rodrigues
Tinha chegado de um raid com o chefe Bernardo e furriel pára e na mata, com o calor, apanhei os tais ditos cujos. Só um bom banho é que dava para limpar e foi o que foi.
Francisco Neto
Vejam lá vocês do que me havia de lembrar. Ainda bem que o Xico Neto os tinha no sitio. Se não, eu sei lá o que poderia acontecer.
Uma ocasião aconteceu tambem a um furriel que apanhou uma praga de... e coitado teve que pedir ajuda porque ora puxava pelas peles mais baixas para "os apanhar" ora ía chegando um remédio que dizia ele ardia muito e nós claro que iamos abanando com uma toalha. O Mosteias é testemunha do que eu estou agora a lembrar. Para o ex furriel, grande abraço. Viegas já estás a ver quem foi! Ele soprava, esticava foi preciso convence-lo a muito custo que estava tudo bem, mas foi uns momentos dificeis.
Então cá vai mais uma achega para tão chata questão, o extermínio dos ditos cujos, com com que os "seringas" (enfermeiros) praxavam a malta, era feito com "white field", cuja aplicação, inicialmente, provocava uma agradável sensação de frescura. O pior era o passo seguinte porque queimava até cair a pele dos ditos cujos e só um passeio em pelota (da cintura para baixo) permitia atenuar oas efeitos desagradáveis . Naquele tempo, para tal praga, e contrariando a praxe, nada melhor do que aplicar "shelltox" seguido de adequado banho.
Um forte abraço para todo o pessoal que vai visitando o blog.
do João Dias (Ex-Fur TRMS 1ªCCav 8423)
Boa Camarada João Dias, nada como o "shelltox"remédio eficáz para essa praga. Só que depois do banho era preciso colocar os tomates em quarentona e o resto do material.
Camarada João Dias, eu a pensar que estes chatos andanvam nas coisas peludas ou encaracoladas e afinal sem fios chegavam aos TRMS.
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