sábado, 10 de outubro de 2009

O turismo possível dos jovens Cavaleiros do Quitexe...

Machado, Cruz e Rocha nas Quedas do Duque de Bragança, em 1974. Clicar na foto

A campanha militar que nos levou aos longes africanos, com todos seus medos e tragédias, foi tempo, também, de fartos e apetecidos passeios pela terra gigante de Angola. A acção psicológica assim achava por bem e a malta, claro, logo aproveitava para o turismo possível, enchendo berliets pelas centenas de quilómetros que levavam aos destinos escolhidos.
Fui azarento nesse ponto. Excursão que houvesse e eu estava de... serviço. E, com o meu orgulhosinho rural em vincado, nunca quis sequer propor uma troca, para ir «vadiar» pelos pontos da Angola de feitiços e beleza ímpar que os meus olhos também poderiam exportar para a minha memória de hoje. Foram outros, fizeram eles muito bem.
A imagem retrata três bons companheiros do Quitexe, nas Quedas do Duque de Bragança: o Machado, que furrielava a mecânica do armamento; o Cruz, que veio a ser 2º. sargento miliciano e superentendia nas montagens-rádio; e o Rocha, das transmissões, furriel nascido e residente em Valadares de Gaia.
Os três estiveram no encontro de Águeda - já faz um mês na próxima segunda-feira, faz hoje pelo dia de semana... - e não se deu pelos anos passarem por eles: o Rocha, continua fresquinho que nem alface acabada de cortar na horta; o Machado, sempre a «beduinar» e a explodir opiniões, alto e sonoramente...; o Cruz, de cabelo pintado de branco, mas sempre com a sua risada juvenil e solta.
Quais artroses, quais reumatismos, quais ácidos úricos, qual colesterol ou triglicerídios!!! E se (es)tivesem, lá estaria o sempre atento (furriel) enfermeiro Lopes, para receitar alguma «droga»; ou, na falta dele, o inimitável Buraquinho!

3 comentários:

Anónimo disse...

A passear é que a gente se entendia bem, nem havia furriéis a mandar em cabos e soldados, nem alferes a mandar nos furriéis e muito menos os sargentos e capitães xicos a xatear a malta..., ih, ih, ih...

QUITEXANO disse...

O Machado era um gajo do caraças, sempre muito nervoso e exaltado, parecia que queria matar meio mundo e tinha um coração de ouro... eu até gostava de o ver a gritar com a malta e a chamar-nos beduínos a todos, um abraço Machado

QUITEXANO disse...

Havia a moda dos bigodes e das barbas, eu também usei mas não tenho fotografias e tenho pena.