domingo, 6 de setembro de 2009

Setembro de férias e alguns incidentes militares no BCAV 8423

Vista parcial da cidade da Gabela, destacando-se a Igreja Matriz - que conheci faz agora 35 anos

Restauração da picada para a Fazenda do Liberato (foto de José Lapa)

O mês de Setembro, que ontem aqui falei calmo, no 1974 do Quitexe, não foi tanto assim na Zona de Acção do BCAV. 8423. Por exemplo, no aquartelamento de Vista Alegre - onde estava a CCAC. 209, essencialmente formada por militares do RI 20. Aos 27, e por causa de anteriores incidentes internos, aconteceram graves problemas disciplinares.
Quem mo lembrou, por telemóvel, foi um Cavaleiro do Norte - que esta tarde me veio dizer que tal foram os incidentes que, depois de controlados, passaram para a alçada disciplinar do Comando do Sector de Uíge, em Carmona. O que não era coisa pouca!
Assim avivada a memória, o Setembro de 1974 foi militarmente pouco activo (como já aqui foi dito), mas com algumas rotações. Parte da 3ª. CCAV, estacionada em Santa Isabel, passou para uma fazenda que o (furriel) Carvalho - o meu contacto de hoje - não soube identificar. Talvez a de Além-Lucunga! E, ao que me lembro, assim avivado na memória, a 1ª. CCAV. dispensou dois grupos de combate para o BC12, em Carmona.
Eu, vestido de civil em férias, parti de Luanda à boleia de um amigo do Albano Resende, num velocíssimo Toyota alta gama da época, e galguei para aí uns 400 quilómetros, por rectas de quilómetros e a cento e tais à hora de média, à procura do carinho amigo de familiares na Gabela: os irmãos Mário e Cecília, filhos da minha madrinha Isolina - que também por lá estava. Depois, também o Clemente, igualente parente próximo e en«m cuja fazenda dormi uma noite. Por lá conheci muitas coisas, por exemplo a grandiosidade da Fazenda CADA - que até tinha hospital e apeadeiro ferroviário próprioas. Foram das bonitos, que multiplicaram a cada vez mais inspirada minha paixão por Angola.
Estão ali a ver a igreja, na foto? Conhecia-a nesse tempo e mal imaginaria eu que, anos mais tarde, já neste século, fosse um conterrâneo de Águeda a dirigir a sua restauração. E que até na minha paróquia de Óis da Ribeira se colectassem oferendas para as obras que o padre Augusto Farias promoveu, em favor da comunidade católica gabelense! É o destino!

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