Há dois dias, aqui falámos do 1º. cabo Carpinteiro, anunciando o seu passamento, e hoje recordamos o louvor que lhe foi atribuído pelo comando da CCS, porque «no desempenho das suas funções, se manifestou um militar muito trabalhador, sempre pronto a atender os serviços que lhe eram determinados ou pedidos, procurando cumpri-los o mais rapidamente possível e demonstrando a maior vontade».
O louvor do capitão António Oliveira foi publicado na ordem de serviço nº. 170 e realça «a sua colaboração nos serviços de cozinha, aquando do apoio aos refugiados dos incidentes em Carmona», período (primeiros dias de Junho de 1975) durante o qual «dia e noite, ali permaneceu, ajudando os cozinheiros a orientar e atender o grande número de crianças e senhoras, à hora das refeições que lhe eram servidas no quartel».
Nem de propósito, recebemos hoje do filho (Carlos Manuel), uma foto do 1º. cabo Carpinteiro, tirada em pose e na parada do BC12, com cidadãos de Carmona recolhidos no quartel. Ali está ele e reparem como a imagem nos faz recordar tantas histórias vividas naqueles dramáticos dias de combates na capital do Uíge.
O louvor enfatiza, ainda, que o Carpinteiro «não deixou de emprestar o seu esforço a quaisquer outras missões que lhe fossem solicitadas». Assim, remata o louvor, se tornou «merecedor de público reconhecimento».
Bravo, meu caro Carpinteiro!
Até um destes dias!
- CARPINTEIRO. Manuel Augusto da Silva Marques, 1º. cabo carpinteiro, da CCS do BCAV. 8423. Era de Esmoriz e faleceu a 1 de Novembro de 2011.
- BC12. Batalhão de Caçadores 12, à saída de Carmona, para o Songo, onde aquartelou o BCAV. 8423, a 2 de Março de 1975.
3 comentários:
Até fico emocionado a ler estas coisas só tenho pena de ele não poder ler estas histórias nesta vida terrena mas tá a ver lá em cima a recordar estas histórias que são tantas as que me contou das vezes que iam ás bananas enfim tantas tantas .....Vou arranjar mais fotos que sei que tem em casa da minha mãe pra vocês todos recordarem e eu também .Serás sempre o meu grande HOMEM pai .
Caro Celestino
A noticia do falecimento do nosso 1º cabo carpinteiro Marques deixou-me triste. Era raro falar de Angola e do serviço militar sem que ele não me viesse à memória. Pela sua boa disposição, frontalidade e companheirismo jamais o esquecerei...
Já nos ultimos encontros não tivemos o gosto de o encontrar e penso que todos sentimos a sua falta pois recordo-o como um bricalhão, um bem disposto, um amigo e um companheiro com quem podiamos contar. Fez parte do meu pelotão e com ele vivi algumas peripécias que recordo com saudade.
Para ele, se nos estiver a ouvir, um grande abraço e até um dia.
Caro Celestino
A noticia do falecimento do nosso 1º cabo carpinteiro Marques deixou-me triste. Era raro falar de Angola e do serviço militar sem que ele não me viesse à memória. Pela sua boa disposição, frontalidade e companheirismo jamais o esquecerei...
Já nos ultimos encontros não tivemos o gosto de o encontrar e penso que todos sentimos a sua falta pois recordo-o como um bricalhão, um bem disposto, um amigo e um companheiro com quem podiamos contar. Fez parte do meu pelotão e com ele vivi algumas peripécias que recordo com saudade.
Para ele, se nos estiver a ouvir, um grande abraço e até um dia.
AA Cruz
(ex-alferes miliciano)
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