sábado, 7 de abril de 2012

1 247 - Dias do Uíge, aos primeiros de Abril...



Ponte do Dange (em cima) e Vista Alegre  
Aos dias primeiros de Abril de 1975, era expectável que continuasse e se concluísse o programa de remodelação do dispositivo militar do Batalhão de Cavalaria 8423. Não foi bem assim.
Os comportamentos, no terreno, dos movimentos emancipalistas, «resultantes do abandono de determinadas instalações militares», levou o comandante Almeida e Brito «a aguardar que se resolvessem, a  alto nível, as questões pendentes e inerentes a esse abandono».
As escaramuças entre os militares dos movimentos repetiam-se, querendo eles marcar terreno, a seu modo e interesse político e militar, e tal comportamento provocava instabilidades, insegurança e muitos receios - nomeadamente da população civil. E não só a europeia, também a local.
Os patrulhamentos mistos - envolvendo tropas portuguesas e as da ELNA, FAPLA e FALA e que se efectuavam desde 26 para 27 de Março - procuraram evitar a deterioração da situação, mas não resolviam tudo. Sublinhe-se, aqui, o espírito solidário e competente dos militares portugueses envolvidos, pois nem sempre era fácil ultrapassar os constrangimentos criados pela evolução de uma força armada que envolvia quatro tendências, chamemos-lhe assim: as NT, as FAPLA, as FALA e o ELNA.
Só a 24 de Abril se desactivou Vista Alegre e Ponte do Dange, quando a 1ª. Companhia rodou para o Songo e com um destacamento temporário em Cachalonde.
- NT. Nossas Tropas (Forças Armadas de Portugal).
- FAPLA. Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, do MPLA (Agostinho Neto).
- FALA. Forças Armadas de Libertação de Angola, da UNITA (Jonas Savimbi).
- ELNA. Exército Nacional de Libertação de Angola, da FNLA (Holden Roberto). 

1 comentário:

rodrigues -zalala disse...

Deixa Camarada Viegas que possa lembrar o Fernandes, ao lado direito da tua publicação Homem com 60 anos. Isto porque este mundo é mesmo pequeno, o mês passado, eu em terras dos Arcebispos, ligo como o costume ao Queirós para ir almoçar, ele diz-me que está em Lisboa.Tudo bem vou pela arcada de Braga e vejo um rosto que me me não é estranho. Espera aí, era o Fernandes com o mesmo bigode de sempre.Aí surgiram as perguntas do costume, tu de companhia eras, onde estiveste e sempre a nos conhecer-mos.O nome Viegas tinha de entrar nesta conversa, já me pediu fotos,mas não mandei, não tenho ligado muito a isso, mas pediu-me se contactares o Viegas, da-lhe um grande abraço meu.